Vereadores querem esclarecimentos
sobre processo que licitou a contratação de serviços especializados médicos que
atendam as necessidades do PAM
Por: Kelly Cristina
Requerimento assinado por cinco
vereadores solicita detalhes sobre a contratação de médicos pela vencedora do
certame público: a empresa de especialidades médicas Mariense Ltda é de Maria
da Fé, e venceu a concorrência por seis meses no valor de R$ 900 mil. Segundo
vereador Valdelino Ananias de Castro (PSB), a contratação é uma medida adotada
pela administração municipal visando suprir a demanda do Pronto Atendimento
Municipal (PAM).
Mesa Diretora da Câmara Municipal
Vereadores de Campo Belo
A
contratação de uma empresa de especialidades médicas de Maria da Fé tem gerado
discussões na Câmara Municipal. A empresa venceu a licitação pública na
modalidade pregão presencial, nº 138, ocorrido em 08 de agosto de 2013, segundo
o objeto, publicado no Jornal Em Dia, na edição 623, visava à contratação de
empresa para execução de serviços de plantão médico no PAM. Silvanio Camilo
(PSB) representou a Câmara no processo, ele assinou a ata que efetivou o
processo. A Santa Casa de Misericórdia de Campo Belo, segundo a direção, até
dezembro de 2013, continua subvencionando o Pronto Atendimento, mantendo a
unidade na aquisição de medicamentos, pró-labore de alguns médicos, com o
repasse que o município faz a instituição filantrópica.
A vereadora Marilena Neves dos Passos/PP, vice-presidente
da Comissão de Licitação do Legislativo, foi a primeira parlamentar a levantar
a questão sobre a divulgação do processo, através do requerimento 80/2013,
datado em 19 de agosto, solicitando ao Executivo, informações relativas às
contratações e cópias dos convênios. A resposta da prefeitura de Campo Belo
encaminhada à Câmara Municipal não satisfez as dúvidas da legisladora. Na
sessão de segunda-feira, dia 23, os vereadores Luiz Libério dos Santos (PSC),
Célio Lopes (PPS), Fátima Salume (PT) e Marilena Neves dos Passos (PP)
novamente colocaram em pauta o assunto, com o requerimento 93/2013, eles
solicitaram cópia da licitação e do contrato com a Clínica Médica Mariense
Ltda. A matéria foi reprovada por 10 votos contrários, cinco favoráveis e uma
abstenção da presidência da Casa. A maioria dos parlamentares justificou que
não há necessidade de requerer um documento que pode ser de conhecimento
público.
Valdelino
Ananias apresentou as razões por ter sido contrário ao pedido dos colegas.
“Qualquer cidadão tem direito de olhar os documentos. A contratação é uma
medida adotada pela administração municipal visando suprir a demanda do Pronto
Atendimento Municipal (PAM). O provedor da Santa Casa, Abel Neves, o diretor
administrativo, Tiel e o José Geraldo reunirão com o prefeito amanhã
(terça-feira, 24), para tratar também sobre este assunto,” citou.
Marilena
Neves dos Passos (PP), após ouvir diversas opiniões, disse que discorda de
algumas posições e concorda com outras. “Aprovem o requerimento, se não houver
irregularidades, ótimo. Queremos mostrar ao povo a realidade dos fatos”. De
acordo com ela, há muitas reclamações sobre os serviços de saúde oferecidos ao
povo, além disso, Leninha questionou alguns pontos da licitação. “Pouco tempo
entre o anuncio, a publicidade sobre o processo licitatório, e a realização do
mesmo,” concluiu Leninha.
Respondendo
a vereadora, Hélio Donizetti Mendes (PSB), presidente da Casa, explicou porque
nomeou o presidente da Comissão que representa a Câmara, depois que ocorreu o
Pregão.
A
vereadora Fátima Salume discordou das justificativas dos colegas, segundo ela,
o Requerimento solicita apenas cópia do contrato, e uma manifestação dos
médicos campobelenses que não estariam satisfeitos com a situação. “Procurei a
Liwbliana na prefeitura, obtive como resposta que a cópia solicitada dependia
de uma iniciativa do presidente da Câmara. Os médicos estão insatisfeitos da
maneira que foi realizada a questão”, defendeu Fátima.
Silvanio Camilo afirmou que o processo passou
pela CMCB. “Os médicos estão insatisfeitos porque a presença deles no trabalho
é mais cobrada. Há uma maior fiscalização,” discursou.
Salime
Lasmar (PSDB) acredita não ter motivos para polêmica. “Alguns médicos de Campo
Belo não querem assumir os plantões aos finais de semana e feriados, o que
levou o Executivo a promover o Certame público para a contratação da empresa,”
expôs Salime Lasmar.
Para Luiz Libério dos Santos (PSC), o
Legislativo é formado por representantes do povo, e é necessário dar uma
explicação à população sobre os procedimentos administrativos. É inadmissível
que a Casa não tenha conhecimento do processo, quando é questionado pelos
campobelenses,” ressaltou.
Na
opinião de Célio Lopes não há motivo para discussão, os legisladores
solicitaram apenas uma documentação. “Mostrem-nos a documentação e passaremos
ao povo a verdade, não existe motivo para discussões, queremos informação,”
comentou.
Tempestade
num copo d’água, assim, Walter Moreira do Democratas definiu as discussões.
Christian
Alves (PSDB) declarou que há entendimentos diferentes na Casa de Leis. Segundo
ele, o procedimento realizado pelo Executivo relaciona-se a contratação de
médicos. “É extremamente difícil encontrar profissionais que queiram trabalhar
no Pronto Atendimento, já precisei de pediatras e foi complicado,” ilustrou o
vereador.
Carlos Alberto Chaves, o Tchuca
(PSDB) encerrou o assunto defendendo as servidoras responsáveis pelo setor
licitatório da prefeitura municipal. Para o vereador, a Liwbliana Pires e a
Alexandra Maria Infante são profissionais exemplares. Exercem as funções com
retidão, e todos os processos têm sido realizados dentro da legalidade, não
houve, na visão dele, irregularidades no procedimento licitado.
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