Câmara Municipal de Campo Belo Informa
Vereadores
acreditam que Projeto de Lei que obrigaria as agências bancárias a instalarem
câmeras monitoramento na parte externa das instituições não seria suficiente
para combater a criminalidade, considerando a implantação do “Olho Vivo” e algumas empresas que já possuem o dispositivo
Por:
Kelly Cristina
O Projeto de Lei 41/2013 que
obrigaria as agências bancárias de Campo Belo a instalarem um sistema de
monitoramento externo foi rejeitado por 09 votos contrários, cinco favoráveis e
uma abstenção. A proposta de autoria da vereadora Fátima Salume Mati/PT causou
discussões. A maioria dos vereadores entendeu que a Proposição não seria
suficiente para combater a criminalidade. Além disso, eles consideraram que o
Projeto “Olho Vivo”, que pretende colocar monitoramento eletrônico, em pontos
estratégicos da cidade, iniciativa da vereadora Marilena Neves dos Passos/PP já
abrange a questão. Os parlamentares
defenderam que se deve investir em educação, cultura, e não transferir para a
tecnologia o combate à criminalidade, que deve ser responsabilidade da
segurança pública. Alguns vereadores ainda pediram em plenário que a atenção
dos legisladores se volte principalmente para a periferia, onde o índice de
crimes é mais acentuado, e não apenas na área central. Segundo Silvanio Camilo,
algumas agências da cidade já possuem o sistema em funcionamento.
A matéria causou discussões. Célio
Lopes/PPS defendeu a Proposição da colega. Ele considerou o Projeto relevante.
“Discordo da votação. A Fátima apresentou a ideia visando melhorar a segurança
da população. Acredito que este resultado tem relação com questões pessoais,”
afirmou.
Salime Lasmar/PSDB argumentou mostrando
que o Projeto “Olho Vivo” tem o mesmo objeto da proposta em análise. “Não voto
considerando problemas pessoais. Quero respeito. Acredito que a proposta da
colega não obteve aprovação porque tem o mesmo intuito do Projeto da Leninha, que
será implantado em pontos estratégicos da cidade,” posicionou-se.
Fátima Salume/PT defendeu que a ideia
tende a somar. “As câmeras na parte externa das agências contribuirá com o
combate à criminalidade, as saidinhas de banco têm que ser combatida. Essa derrota
foi por motivo pessoal, sim” considerou.
Rosangela Sousa Cazaca/PSDB explicou
que a tecnologia não é o suficiente para combater a criminalidade. Ela acredita
que se devem aplicar mais investimentos na educação, além disso, o “Ollho Vivo”
faz o trabalho do monitoramento.
Valdelino Ananias de Castro acredita
que o texto em discussão é uma iniciativa da Febraban. “O projeto da Salime, de
manter as portas giratórias nos bancos, atendeu a um pedido da gerência de uma
instituição bancária, o da Leninha já oferecerá os mesmos benefícios, por isso
o da Fátima é redundante”, argumentou.
Silvanio Camilo/PSB garantiu que a
opinião da maioria dos vereadores não tem relação com problemas pessoais, o
plenário entendeu que a Proposição vai de encontro com matérias já aprovadas
pela Casa apresentada por outras parlamentares.
Empurrar para a tecnologia a
responsabilidade do ser humano não diminuirá a criminalidade em Campo Belo é o
que acredita Carlos Alberto Chaves/PSDB. Ele também aposta que investimentos em
educação, cultura seriam a alternativa para combater o mau que assola o país.
Marilena Neves dos Passos/PP mostrou-se
decepcionada com a votação. Para ela, as câmeras coibirão à violência.
Mesmo discordando da votação, Luiz
Libério dos Santos/PSC também acredita que através de investimentos na
educação, o país coibirá à violência.
Walter Moreira/DEM sugeriu que fosse
elaborada uma indicação, considerando que a iniciativa não depende de ações
governamentais. Para ele, mudanças no Código Penal, sim, mudaria o quadro de
violência que aterroriza todo o Brasil.
Em defesa da periferia, Paulo José
Ferreira/DEM disse que não apenas a área central, mas, os bairros merecem a
atenção dos legisladores e governantes. Ele disse que foi contra a proposta
porque a maior violência é registrada nas áreas mais carentes do município,
onde o projeto não abrange. Paulinho como é conhecido foi além, a educação, a
dignidade, começa em casa.
Maruzan Cardoso finalizou que, áquela
votação é inerente a questões pessoais. Naquela Casa, segundo o parlamentar, se
discute leis, e a proposta em análise coincidia com o “Olho Vivo”, por isso foi
rejeitada.
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