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Mais de 150 campobelenses participaram
da Jornada Mundial da Juventude

          Mais de 150 pessoas de Campo Belo, além dos 60 jovens peregrinos vindos da Holanda para a Semana Missionária, participaram da Jornada Mundial da Juventude, que aconteceu na cidade de 23 a 28 de julho, com a presença do Papa Francisco, em sua primeira viagem internacional como pontífice. Mais de três milhões de pessoas participaram da Jornada, que contou com eventos abertos ao público em Copacabana, na Quinta da Boa Vista, na Lapa, e em diversas paróquias. Dados do Ministério do Turismo revelam que dois milhões de turistas estiveram no Rio durante a JMJ, um recorde de visitação no país, considerando que todos estavam em uma mesma cidade e em um mesmo período vindos de 170 países.

            Padre Júlio César, um dos padres que participou do evento, falou como foi a chegada da comitiva no Rio de Janeiro. “Depois de duas semanas intensivas, nós ficamos hospedados não no Rio de Janeiro, mas na Catedral de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, uma região carente e populosa do Rio de Janeiro. Nós fomos muito bem acolhidos na simplicidade, que foi pedido, dentro das possibilidades, os jovens daqui ficaram hospedados lá com jovens de São Paulo, do Paraná e também peruanos, além de vários jovens de outros lugares. Foi tudo fisicamente muito exigente para os nossos jovens (banho frio, transporte), mas que numa acolhida calorosa do povo da Baixada Fluminense”.

            Ele comentou a participação dos jovens campobelenses presentes na jornada. “Estou muito contente com a participação dos nossos jovens, realmente levaram a sério, não deram trabalho nenhum, no sentido de que estavam lá realmente com o espírito de participação, seguindo as nossas orientações, participando dos momentos de oração, dos momentos da catequese, dos momentos culturais, aproveitando essa oportunidade de interagir com jovens do mundo inteiro, de todos os lugares do Brasil que estavam presentes lá, como vocês puderam acompanhar pelos outros meios de comunicação”.

            Padre Júlio do número de participantes que saíram daqui para o Rio de Janeiro e como aplicar a mensagem passada pelo Papa Francisco aqui nas paróquias do município. “Nós fomos um grupo da Diocese de Oliveira, nós éramos 350, de Campo Belo eu acredito que nós éramos o maior grupo, em torno de 150 pessoas presentes na jornada. Eu acredito que a grande mensagem, a grande lição que nos vem deste encontro, primeiro essa experiência de voltar animados e viver aquilo que nós acreditamos, vivenciar nossa fé. Segundo, eu acredito que o forte apelo que o Papa fez de estarmos próximos de todos, não ficarmos fechados em nossos grupos, nos nossos territórios dentro da igreja, do prédio, mas no sentido de ir ao encontro daqueles que mais sofrem, aqueles que mais precisam, aqueles que às vezes estão deixados no canto, à beirada do caminho, sem incluí-los e aí podemos destacar inúmeras pessoas  e regiões, inúmeras possibilidades de levar essa presença fraterna amiga a quem deseja ser seguidor de Jesus Cristo”.

            Um dos pedidos do Papa Francisco foi para os jovens vestirem a camisa de Cristo. Padre Júlio falou se depois da jornada a juventude irá mudar seu conceito com relação às celebrações. “Realmente foi uma grande festa da fé, da alegria, do entusiasmo. Nós estamos vivendo uma tradição, uma comunidade que há 2000 anos vivencia a fé, celebra essa memória, por exemplo, na celebração da missa, instituída depois de Jesus, algo que percorreu esses dois mil anos, não cabe a nós chegarmos e mudarmos, mas viver essa experiência, de maneira que nós sentimos ali celebrando a cada dia do jeito que nós estamos, do nosso dia-a-dia, o que a gente leva para a celebração. A celebração é a mesma, mas nós somos diferentes. Então esse é um ponto, mas eu acredito que vai animar os jovens, nem tanto a ficar na imagem da celebração, dos ritos que é monótono para muitos, no sentido de que na adesão pessoal, significa pertencer a Jesus Cristo e perceber que isso faz toda a diferença na vida de uma pessoa, essa profundidade de fé, essa profundidade de adesão à pessoa de Jesus Cristo. Esperamos que esta jornada motive os jovens, a também na sua vida, no cotidiano, na escola, no mundo do trabalho, na família, a abraçar e a viver esse segmento. No encontro com os voluntários, o Papa falava sobre a questão do matrimônio, por exemplo, como um jovem que abraça a fé e que está motivado agora com essa experiência com o Papa Francisco e pensa em constituir um matrimônio, em casar, em constituir uma família, como que ele pode realmente abraçar o matrimônio e constituir uma família equilibrada, então são várias motivações que o Papa colocou no coração dos jovens que podemos levar a frente. Estou pegando um exemplo de muitos outros”.

JMJ

            De acordo com números oficiais do Comitê Organizador Local (COL) da JMJ, 355 mil peregrinos de 175 países se inscreveram na Jornada. Desses, 220 mil eram brasileiros, 63% deles moradores da região Sudeste, 16% da região Sul e o restante do Nordeste, Norte e Centro Oeste. Seis mil jornalistas de mais de 70 países cobriram a Jornada.

            A Jornada Mundial da Juventude (JMJ), como foi denominada a partir de 1985, continua a mostrar ao mundo o testemunho de uma fé viva, transformadora e a mostrar o rosto de Cristo em cada jovem.

            São eles, os jovens, os protagonistas desse grande encontro de fé, esperança e unidade. A JMJ tem como objetivo principal dar a conhecer a todos os jovens do mundo a mensagem de Cristo, mas é verdade também que, através deles, o ‘rosto’ jovem de Cristo se mostra ao mundo.

            A Jornada Mundial da Juventude, que se realiza anualmente nas dioceses de todo o mundo, prevê a cada 2 ou 3 anos um encontro internacional dos jovens com o Papa, que dura aproximadamente uma semana. A última edição internacional da JMJ foi realizada em agosto de 2011, na cidade de Madri, na Espanha, e reuniu mais de 190 países.

            A XXVIII Jornada Mundial da Juventude será realizada de 23 a 28 de julho de 2013 na cidade do Rio de Janeiro e tem como lema “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” (Mt 28, 19).

            As JMJs tem sua origem em grandes encontros com os jovens celebrados pelo Papa João Paulo II em Roma. O Encontro Internacional da Juventude, por ocasião do Ano Santo da Redenção aconteceu em 1984, na Praça São Pedro, no Vaticano. Foi lá que o Papa entregou aos jovens a Cruz que se tornaria um dos principais símbolos da JMJ, conhecida como a Cruz da Jornada.