Atlético
conquista a América
“Tudo
parece impossível até que seja feito”. A frase é de Nelson Mandela, mas
aplicável à vida do Clube Atlético Mineiro, principalmente ao longo desta Taça
Libertadores. Foram muitos os momentos em que o que parecia impossível se
tornou realidade.
Fazendo um retrospecto ao longo da
épica campanha, mesmo depois de terminar em primeiro lugar geral na 1ª fase,
com uma rodada de antecedência, foram muitos os que pensavam que o Atlético
pararia no São Paulo, afinal o Atlético não tem tradição em mata-mata, tampouco
em Libertadores. O São Paulo, ah, o São Paulo, tricampeão da América e do
Mundo. O Atlético havia ressuscitado o ‘Gigante”. Para muitos o Mineiro nem
precisava disputar com o São Paulo, obstáculo intransponível. O Atlético ganhou
com autoridade, lá e aqui.
Veio o Tijuana. A derrota que
parecia iminente lá, acabou se transformando num empate no “apagar das luzes”.
O que parecia ser impossível foi feito: o Mineiro empatava em 2x2 com o gol de
Luan. Mas para o Atlético tudo sempre foi muito difícil. Para o jogo de volta,
a situação parecia controlada. Afinal como “caiu no Horto tá morto”, o Atlético
nem precisava vencer, bastava um empate em 0x0 ou em 1x1. Mas, foi dramático. O
Tijuana saiu na frente. O Atlético empatou, mas buscava a vitória. Naquela
“noite de horror”, a torcida atleticana não podia imaginar o desfecho. No
“apagar das luzes” pênalti para o Tijuana. 48 minutos, o Atlético parecia dar
adeus ao sonho de conquistar a Libertadores, parecia impossível o Tijuana
perder aquela grande oportunidade. Mais uma vez o impossível acontece. Vítor
defende o pênalti.
Vieram as semifinais. Pela
frente o Newell’s Old Boys. A derrota em Rosário por 2x0 era o prenúncio de
dificuldades no jogo de volta. Para muitos o “fim da linha”. O time já não
jogava um grande futebol. O Cuca é azarado, “pé frio”. O Atlético sem
tradição... Quando o jogo caminhava para o final, precisando fazer mais um gol,
o Cuca coloca o Guilherme. Aquele que a torcida chama de cruzeirense, que já
deveria ter ido embora a muito tempo. Exatamente ele faz o segundo gol e
garante a decisão nos pênalti. Alívio para a “massa atleticana”, afinal temos
“São Vítor”. O Atlético consegue perder duas cobranças seguidas, mas o que parecia
impossível acontece, os argentinos perdem também. Já na segunda série, eles
perdem o terceiro. A classificação garantida nas mãos do Vítor. “Tudo parece
impossível até que seja feito”.
Decisão. Pela frente outro
vitorioso time do futebol Sul-americano. Olímpia, do Paraguai, mas ganhador de
três Libertadores e de um Mundial. Até os 20 minutos o Atlético jogava bem.
Quando sofreu o 1º gol o time se perdeu em campo. No final o castigo ainda foi
maior: o segundo gol numa cobrança de falta aos 48 minutos. Desta feita parecia
irreversível. As profecias pareciam consumadas. O Cuca não ganha títulos
importantes. O Atlético não tem tradição.
O jogo de volta
Sem Marcos Rocha, sem Richarlison, sem Leandro Donizete.
Longe do Horto. Perdendo de 2x0 no placar agregado. O primeiro tempo não dava
mostras que seria possível. Empate de 0x0 e o time não jogava bem. Veio o
segundo tempo e no primeiro minuto, numa falha da zaga, Jô, artilheiro da
Libertadores, fez renascer a esperança. Faltava um gol. Ele parecia impossível.
Aos 38 minutos, o atacante Ferreira, tinha tudo para fazer o gol de empate, mas
escorregou no momento de chutar para o gol vazio. Inexplicável!
Aos 42, Leonardo Silva fez o 2x0.
Estava garantida a prorrogação. Com um jogador a mais a expectativa é que o
Atlético “se virasse nos 30” e conquistasse o título. Mas tinha que ser mais
dramático. O nome do jogo tinha de ser Vítor. Na primeira cobrança, ainda que
tenha se adiantado, Vítor defendeu. O juiz não mandou voltar. O Atlético foi
100% de aproveitamento com Alecsandro, Guilherme, Jô e Leo Silva. Ronaldinho
nem precisou bater. A última cobrança do Olímpia ficou na trave e o Atlético é
campeão da Libertadores.
O Atlético, seu presidente, seu
treinador e principalmente sua torcida merecem a conquista da América.
“Tudo parece impossível até que
seja feito”
Por Erlem Willian (erlemwilliam@yahoo.com.br)
Por Erlem Willian (erlemwilliam@yahoo.com.br)
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