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São Luiz é tricampeão da Copa Campo Belo

Jogadores, comissão técnica e diretoria do São Luiz Futebol Clube (O Inquieto)

Cruzeiro x São Luiz fizeram um jogo muito equilibrado, de muita “pegada” e de muita adrenalina. Típico de uma grande decisão. Nos primeiros 12 minutos foi um jogo muito amarrado, com muitas faltas, uma a cada minuto. A primeira finalização do São Luiz só veio aos 12 minutos com Cleuzo. O Cruzeiro finalizou aos 14 com Raí. O jogo ficou mais intenso após os 30 minutos. Aos 32, numa jogada individual o lateral direito, Erguinho, abriu o placar para o “Inquieto”. Um golaço!

A resposta do Cruzeiro foi rápida. Aos 34, Netinho obrigou o goleiro Deivide a praticar boa defesa. Aos 39 minutos, Marreta foi bater o sexto escanteio para o Cruzeiro. Bola da cabeça do zagueiro Lucas para o fundo das redes do São Luiz. Estava empata a partida. Adalberto ainda teve chance de virar aos 42, mas o 1º tempo terminou em 1x1. Placar absolutamente justo pelo que fizeram as duas equipes.

Veio o segundo tempo. O Cruzeiro começou ligeiramente melhor. Com boas opções no banco o treinador Kazaca mexeu no momento certo. Foram três substituições em cinco minutos. Ele tirou o jovem lateral Caio e colocou Bezerra. No lugar de Gustavo entrou Patrick e Mamão substituiu Tanaka. Com as alterações o time passou a atuar com três zagueiros. Patrick fez a ala esquerda e mamão deu maior movimentação ao ataque. O time melhorou e equilibrou a partida. Por outro lado, o Cruzeiro perdeu o bom Netinho por contusão. Nacreca entrou no seu lugar. As chances de gol não eram muitas. Com o passar do tempo os dois treinadores sabiam que se tomasse um gol, pouco tempo haveria para uma reação. Kazaca ainda fez uma quarta substituição, já aos 40 minutos, Max entrou no lugar do capitão Cleuzo. Final: 1x1. Pela frente pênaltis. Mais uma vez...

Em 2012 o São Luiz perdeu o título justamente na marca da cal. Desta vez, o “Inquieto” foi mais feliz vencendo por 5x4. Peixe, Max, Erguinho, Espiga e Jorge Bruno converteram (100% de aproveitamento). Pelo Cruzeiro converteram Isaías, Marreta, Rai e Lucas. Nacreca chutou pra fora o sonho do bicampeonato do Cruzeiro.

O “Inquieto” foi campeão com: Deivide, Erguinho, Espiga, Xandão e Caio (Bezerra). Thiago, Cleuzo (Max), Gustavo (Patrick) e Jorge Bruno. Tanaka (Mamão) e Peixe. Técnico: Kazaca. O Cruzeiro foi vice com: Gleison, Leandrinho, Café, Lucas e Saci. Netinho (Nacreca), Marreta, Taturana e Raí. Isaías e Adalberto. Técnico: Valdimar Machado Rosa.

Apitou no Crisólito, Alessandro Pires vieira, auxiliado por Jolber Silva e Alisson Júnior. Dinilson Lopes Machado foi o quarto árbitro.

Diante de um grande público, São Luiz “dá a volta por cima”

Sem dúvida o São Luiz é um personagem importante na história da Copa Campo Belo. Iniciada na administração do prefeito Tarcísio Cambraia, o representante dos Davis foi o primeiro campeão em 2005 ao vencer o Flamengo na final por 1x0. Em 2006 estava lá o São Luiz decidindo com o Cruzeiro. Ao perder por 6x2 ficou com vice-campeonato. Em 2007 venceu o Sparta por 3x1 e já conquistava o bi. Em 2008 fez outra final e perdeu o título para o Sparta ao ser derrotado por 2x0 na Fonte do Povo.

Em 2009 o São Luiz perdeu vários de seus jogadores para o Botafogo. Foi necessária uma grande renovação no seu elenco. Com um time de garotos o “Inquieto” se despediu do campeonato com uma derrota acachapante de 8x0 para o Sparta. Naquele fatídico 6 de setembro estiveram em campo o goleiro Deivide, o zagueiro Espiga, o volante Thiago, os meias Patrick e Jorge Bruno. O São Luiz esteve ausente por dois anos, deixando um vazio na Copa Campo Belo. Voltou ano passado e já chegou a final. Às vezes é preciso “dar um tempo” e acreditar. A garotada, agora com mais experiência, conquista o Tricampeonato em 2013, levando para a sua galeria o Troféu José Amado “Zenon” Nunes.

Parabéns a toda diretoria, ao treinador Kazaca, que consegue o seu primeiro título da Copa Campo Belo. Parabéns aos atletas, que praticam o que estava escrito em suas camisas: “A amizade é tudo”. Entendo que pode até não ser tudo, mas é uma parcela considerável do sucesso de um time, principalmente quando se fala em futebol amador. Num país onde a cultura é não valorizar o vice, parabéns também ao Cruzeiro, digno de todos os elogios, pelo bom campeonato que fez.

Outro fator que merece destaque foi o excelente público que esteve presente no Crisólito. Sem dúvida, o maior público da história da Copa Campo Belo, deixando-nos a esperança que o nosso futebol amador possa viver momentos melhores.

Por Erlem Willian (erlemwilliam@yahoo.com.br)

Flashes da Final