quarta-feira, 4 de setembro de 2013


Câmara Municipal de Campo Belo Informa


            Vereadores acreditam que Projeto de Lei que obrigaria as agências bancárias a instalarem câmeras monitoramento na parte externa das instituições não seria suficiente para combater a criminalidade, considerando a implantação do “Olho Vivo” e  algumas empresas que já possuem o dispositivo

Por: Kelly Cristina

            O Projeto de Lei 41/2013 que obrigaria as agências bancárias de Campo Belo a instalarem um sistema de monitoramento externo foi rejeitado por 09 votos contrários, cinco favoráveis e uma abstenção. A proposta de autoria da vereadora Fátima Salume Mati/PT causou discussões. A maioria dos vereadores entendeu que a Proposição não seria suficiente para combater a criminalidade. Além disso, eles consideraram que o Projeto “Olho Vivo”, que pretende colocar monitoramento eletrônico, em pontos estratégicos da cidade, iniciativa da vereadora Marilena Neves dos Passos/PP já abrange a questão.  Os parlamentares defenderam que se deve investir em educação, cultura, e não transferir para a tecnologia o combate à criminalidade, que deve ser responsabilidade da segurança pública. Alguns vereadores ainda pediram em plenário que a atenção dos legisladores se volte principalmente para a periferia, onde o índice de crimes é mais acentuado, e não apenas na área central. Segundo Silvanio Camilo, algumas agências da cidade já possuem o sistema em funcionamento.
            A matéria causou discussões. Célio Lopes/PPS defendeu a Proposição da colega. Ele considerou o Projeto relevante. “Discordo da votação. A Fátima apresentou a ideia visando melhorar a segurança da população. Acredito que este resultado tem relação com questões pessoais,” afirmou.
Salime Lasmar/PSDB argumentou mostrando que o Projeto “Olho Vivo” tem o mesmo objeto da proposta em análise. “Não voto considerando problemas pessoais. Quero respeito. Acredito que a proposta da colega não obteve aprovação porque tem o mesmo intuito do Projeto da Leninha, que será implantado em pontos estratégicos da cidade,” posicionou-se.
Fátima Salume/PT defendeu que a ideia tende a somar. “As câmeras na parte externa das agências contribuirá com o combate à criminalidade, as saidinhas de banco têm que ser combatida. Essa derrota foi por motivo pessoal, sim” considerou.
            Rosangela Sousa Cazaca/PSDB explicou que a tecnologia não é o suficiente para combater a criminalidade. Ela acredita que se devem aplicar mais investimentos na educação, além disso, o “Ollho Vivo” faz o trabalho do monitoramento.
            Valdelino Ananias de Castro acredita que o texto em discussão é uma iniciativa da Febraban. “O projeto da Salime, de manter as portas giratórias nos bancos, atendeu a um pedido da gerência de uma instituição bancária, o da Leninha já oferecerá os mesmos benefícios, por isso o da Fátima é redundante”, argumentou.
Silvanio Camilo/PSB garantiu que a opinião da maioria dos vereadores não tem relação com problemas pessoais, o plenário entendeu que a Proposição vai de encontro com matérias já aprovadas pela Casa apresentada por outras parlamentares.
            Empurrar para a tecnologia a responsabilidade do ser humano não diminuirá a criminalidade em Campo Belo é o que acredita Carlos Alberto Chaves/PSDB. Ele também aposta que investimentos em educação, cultura seriam a alternativa para combater o mau que assola o país.
Marilena Neves dos Passos/PP mostrou-se decepcionada com a votação. Para ela, as câmeras coibirão à violência.
Mesmo discordando da votação, Luiz Libério dos Santos/PSC também acredita que através de investimentos na educação, o país coibirá à violência.
Walter Moreira/DEM sugeriu que fosse elaborada uma indicação, considerando que a iniciativa não depende de ações governamentais. Para ele, mudanças no Código Penal, sim, mudaria o quadro de violência que aterroriza todo o Brasil.
            Em defesa da periferia, Paulo José Ferreira/DEM disse que não apenas a área central, mas, os bairros merecem a atenção dos legisladores e governantes. Ele disse que foi contra a proposta porque a maior violência é registrada nas áreas mais carentes do município, onde o projeto não abrange. Paulinho como é conhecido foi além, a educação, a dignidade, começa em casa.
Maruzan Cardoso finalizou que, áquela votação é inerente a questões pessoais. Naquela Casa, segundo o parlamentar, se discute leis, e a proposta em análise coincidia com o “Olho Vivo”, por isso foi rejeitada.

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